quinta-feira, 24 de maio de 2012

Resumo de aula 2 de maio


Resumo de aula 2 de maio
    Vamos pegar lá de longe, de semanas e semanas passadas, e falar sobre as claves. Como vimos em aula, as claves são os sinais que aparecem bem no começo de cada pentagrama. Eles são o primeiro símbolo que lemos por uma razão muito importante; a clave é que determina o nome das notas em cada uma das cinco linhas do pentagrama, e toda a nossa leitura tonal depende antes de tudo de sabermos onde estão as notas que vamos ler. Por que existem claves diferentes e não apenas uma? Não seria mais fácil que todos os instrumentos lessem sempre a mesma clave, com todo mundo feliz da vida? Sim e não, pra ser honesto com vocês. Sim por que realmente, seria uma coisa a menos para se ocupar, mas mesmo isso, de ser ou não preciso aprender mais de uma clave, é uma questão que quando pensada seriamente deixa de ter importância, porque pensando bem, aprendermos a clave de Sol, e a de Fá e a de Do não demora mais do que uns dois dias de prática, principalmente se estudarmos as três desde o começo, portanto essa história de não sei ler na de sol, ou não sei bem a de dó, no fundo é desculpa de aluno sem curiosidade, falha tremenda no estudo da música. E não, não é mais fácil uma clave apenas para todos os instrumentos porque dessa maneira haveria linhas suplementares, aquelas que desenhamos os risquinhos, quando acaba os pentagrama. Vou explicar; se pensarmos na clave de sol são 5 linhas e 4 espaços, e na primeira linha é a nota mi, certo? O mi seguinte, indo para o agudo, é o mi do último espaço, ainda dentro do pentagrama, estás acompanhando?, pois é, tem o fá na última linha ainda, mas mesmo juntando ele, podemos dizer que DENTRO do pentagrama e partindo de mi, temos uma 8ª e mais uma segunda. Quer dizer, é uma gama de notas muito curta, muito pequena, com apenas uma 8ª, o que limita muito compor, escrever, calcular música. Os instrumentos musicais têm mais de uma 8ª – se pensarmos no piano, ele tem 7! – e literalmente, a soma de todas as notas que estes instrumentos executam não cabem dentro de um pentagrama. Por isso é que existem as linhas suplementares onde, quando preciso, meio que aumentamos o tamanho da pauta, para cima ou para baixo. O Problema é que lá nos tempos de antigamente não existia fotocópia e o troço era feito na mão grande mesmo. Tinha uns caras que viviam só de copiar música. É natural então pensarmos que ao escrever eles não gastassem tempo a toa, né? Então criar uma clave onde as notas mais centrais do instrumento fiquem dentro do pentagrama já é uma baita ganho de tempo, porque para o copista dá menos trabalho – muito menos – aprender 6 claves diferentes – a de dó é móvel – mas aprender isso apenas uma vez do que passar a vida toda usando uma só clave mas gastando os dedo até o toco de tanto fazer linha suplementar. Vejam. Não estou com isso explicando como estas claves surgiram, que  isso é uma outra história, mas sim dando uma explicação sintética do porque elas se sedimentaram como símbolos, como representação pictográfica de estruturas matemáticas de organização do fenômeno sonoro em nosso cérebro; basicamente, porque claves diferentes tornam escrever e ler música mais fácil e mais rápido.

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